terça-feira, 29 de março de 2011

As asas e o mar (2)


Ela sentia vontade de sair batendo asas por aí. Fingir que era solteira, sem marido, sem filho, sem compromisso com o trabalho. Beber todas as cervejas e rir até cair no chão, de tanta graça que tem a vida. Ela sentia saudade de sua liberdade. E o coração doía. Ficava pensando quando novamente seria possível sair sem destino e data pra voltar, sem pensar em nada, sem explicar qualquer coisa. E assim ela fecha os olhos e dorme embalada pelo sonho de um mar azul, com um sorriso pegando ondas.

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