sábado, 23 de janeiro de 2010

O amor não estava em Veneza

Ela ainda se lembrava da viagem à Europa. O olhar perdido na janela do trem. O choro silencioso. Depois da dúvida, a ida à Veneza. Sozinha. Ela foi sem saber o destino, sem a certeza de voltar. Mas voltou. Não encontrou por lá o remédio para o coração partido. Menos ainda um novo amor. Mesmo assim, achou tudo bonito. O ano passou. A dor curou. Então, ela entendeu que certas coisas requerem tempo. E viajou mais. Mesmo errando muitos caminhos. Um dia, o coração dela se acalmou. O amor não estava longe, mas bem ali na estrada do trabalho. Finalmente, ela não precisava ir mais. E viu que os papéis são desnecessários. Que as convenções são bobagens e não importa a ordem das coisas. Basta o amor. Inteiro. Imenso. De todo dia. Ela agora é feliz.

Um comentário:

ricamente.com.br disse...

... e um dia o coração dele pode então experimentar o amor sereno, suave, amor sem culpa ou pré-conceitos. Ele percebeu que o verdadeiro amor não inveja, não compete e sim apoia, estende a mão. Valoriza !!! E surfando nesse amor imenso a vida se mostra mais linda, mais rica, no sentido mais amplo que possa significar. Ele agora é feliz.